A pandemia de Covid-19, aliada às incertezas quanto ao futuro das regras tributárias, à crise econômica e às configurações familiares cada vez mais plurais e multijurisdicionais, gerou nos últimos meses um aumento significativo da busca por planejamento patrimonial e sucessório no Brasil. O objetivo das famílias é maximizar os resultados da estrutura patrimonial e equalizar ou mitigar os conflitos dentro e fora desses núcleos afetivos.
Não raro nos deparamos com questões até então incomuns, como incapacidade de pessoas jovens, mudanças de domicílio fiscal, filiação socioafetiva, famílias plurais e homoafetivas, casamentos, uniões estáveis, divórcios, falecimentos com elementos de conexão em diversas jurisdições, entre outros.Tendo em vista o momento peculiar, é muito importante planejar. Planejamentos consistem em mapear a situação familiar e patrimonial e organizá-la da forma mais eficiente possível, de modo que os desejos e valores familiares sejam preservados, visando evitar conflitos e dilapidação de bens e ativos.
A maior dificuldade encontrada é como organizar o patrimônio e tentar viabilizar uma sucessão célere, pacífica, com o intuito de mitigar conflitos. Assim, apresentamos abaixo brevíssimas ponderações que devem ser feitas sobre cada categoria de ativos que podem vir a compor uma massa patrimonial da família.