Pré-pago pode crescer no País, independente de lei

1/11/2012 em Imprensa

Fonte: Executivos Financeiros

Entrevista com Dr. Cesar Amendolara, Sócio V&G.
Mercado brasileiro é “extraordinário” para o setor, diz Cesar Amendolara
Por: Camila de Lira em 01 de Novembro de 2012

Típicos em vales-refeição e vales-presente, os cartões pré-pagos chegaram de maneira forte no Brasil. Cesar Amendolara, sócio do Velloza & Girotto Advogados Associados, acompanha há mais de cinco anos a empresa responsável por cartões pré-pago, Rêv WordWide, que, na úlitma semana, lançou este tipo de cartão em parceria com o Banco Bonsucesso. Para Amendolara, o Brasil é um “mercado extraordinário” para este meio de pagamento, mesmo com as suas particularidades de regulamentação.
Dados da RBR mostram que o País é o quarto maior em número de cartões pré-pagos do mundo, com 22 milhões de unidades. Em 2010, 4% do total de pagamentos realizados no Brasil foram feitos com pré-pagos, expectativas da MasterCard é que atinja 10% em 2020.Com 22 milhões de pré-pagos, o Brasil é o quarto país com maior número de cartões pré-pago no mundo. Para a empresa, o País vai movimentar US$ 18 bilhões até 2017 neste segmento.
Amendolara analisa que o cartão pré-pago é um meio que faz bastante sentido no Brasil. Por ser um país em que a preferência por dinheiro vivo ainda é alta, o cartão pode ser uma via alternativa e mais segura para as transações. “O pré-pago é um meio de pagamento que permite não só a pessoa comprar um objeto como também receber o dinheiro como se fosse numa conta bancária, sem precisar passar por todo o trâmite de se fazer uma conta. É mesmo um mercado muito grande no Brasil”, analisa o advogado.
Um fator que cria certas barreiras para o crês cimento do  meio no País é mesmo o arcabouço regulamentório. No Brasil, explica Amendolara, os cartões precisam estar ligados a um banco. Diferente do que acontece nos Estados Unidos e no México, onde as processadoras de cartões tem liberdade para agir separadas de uma instituição financeira, no Brasil as processadoras não podem fazer transações financeiros. “No Brasil, existe a necessidade de  um banco, apenas bancos podem custodiar moedas pela lei bancária. Só eles podem receber depósitos e custodiar isso”, diz Amendolara.
O advogado aponta um problema nesta regulamentação, uma vez que a operação do pré-pago é muito mais uma prestação serviço do que uma concessão de crédito. “O Banco Central já está trabalhando em cima disto, para falar a verdade”, diz Amendolara.
Mesmo com as dificuldades a se transpor, o mercado de pré-pagos tem de tudo para dar certo no Brasil, afirma Amendolara. “Estou convencido de que será uma revolução. Talvez demore, as pessoas terão um pouco mais de receio, mas um momento isso toma corpo”, finaliza o advogado.

Velloza Advogados |

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